terça-feira, novembro 29, 2005

Manifestação ou não manifestação… eis a questão!

Não posso deixar de reparar que nos últimos dias, os nossos telejornais só nos dão notícias sobre greves e paralisações nos diversos sectores profissionais do nosso país.
Ora são os estudantes, ora são os professores, ora são os enfermeiros, o importante é que tem ocorrido diversas paralisações durante o mês que decorre.
De forma alguma, critico estas pessoas que ao aderirem à greve, tentam proclamar os seus problemas na eterna procura de alcançar soluções, no entanto não deixo de achar caricato, ocorrerem tantas greves num período em que o país está a atravessar uma enorme crise económica e onde o sloogan mais utilizados é o do “apertar o cinto”.
Como disse anteriormente, não sou contra as greves, afinal todo o cidadão deve poder expressar os seus problemas na tentativa de encontrar as melhores soluções, mas também será que este é o tempo certo para a fazer? Não culpabilizo ninguém pelo buraco económico nacional, mas todos sabem que se não fizermos alguns sacrifícios em prol do país, nada melhorará e continuaremos estagnados nesta situação precária que nos coloca numa fasquia de país do terceiro mundo.
Greve sim, mas na altura correcta. Já vimos que não é com uma aderência à greve em massa que vamos conseguir modificar o raciocínio dos nossos governantes, passemos à próxima face, encontremos novas formas de luta, mais eficazes e que sejam notados e se façam notar, aos olhos daqueles que não se preocupam com as famílias portuguesas e lançam “para a mesa” da assembleia da república ideias ocas, sem sentirem o verdadeiro sabor da expressão “apertar o cinto”.
cpereira*

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