sábado, janeiro 07, 2006

Os Designers em 2006...

Para 2006, o Governo deverá reconhecer o design nacional como "factor estratégico e incontornável" para o plano tecnológico e modernização do País, lê-se num documento agora tornado público pelo Centro Português do Design (CPD).

O documento, já entregue ao Executivo, resume a reflexão dos designers portugueses, no âmbito da iniciativa "Portugal Marca - Reposicionar um País", promovida em 2005 pelos ministérios da Cultura e da Economia e Inovação, que até este mês recolherá os contributos de várias áreas profissionais para Portugal desenvolver uma nova imagem no estrangeiro.

De acordo com o CPD, o design ainda está imerso em "equívocos", já que continua a não ser "percebido" pelos políticos, e quanto aos próprios empresários começam a aceitá-lo, "demasiado lentamente" mas não o entendem.

A opinião pública também não reconhece o design "porque os media nacionais não estão preparados para o divulgar e criticar", sublinha o documento.

Com um panorama de 26 unidades de ensino de diferentes níveis que formam anualmente mil designers, "num País sem capacidade para os acolher ou enviar", o CPD considera "urgente" a definição de uma "política consistente".

A CPD defende que o Governo "deverá reconhecer que o design é um factor estratégico e incontornável na inovação, no plano tecnológico, na modernização e internacionalização do País, na economia e na sociedade, no ensino e na cultura".

A actual palavra de ordem para os designers é "mudar de paradigma". "Passar do sólido, que são as fábricas e toda a capacidade instalada que o País tem, para o fluido, que são as pessoas, as ideias, os projectos, e uma produção associada a canais apropriados de distribuição e promoção."

Tânia Santos*

Sem comentários: